Quem nunca passou por uma situação como essas? Muitas vezes me perguntaram isso, e muitas foram as respostas. Já disse que queria ser pediatra, apresentadora de TV, professora, secretária executiva, jornalista... mas se tinha uma coisa que eu gostava de fazer desde pequena era: escrever.
Quando eu tinha uns onze anos criei uma mini-editora com duas amigas. Todo mês escrevíamos uma história, nós mesmas as ilustrávamos e grampeávamos folhas A4 dobradas para que ficassem realmente no formato de livro.
E eu nem suspeitava que isso se tornaria minha profissão um dia...
Poucas pessoas têm a sorte e a alegria de trabalharem no que verdadeiramente amam. Muitas vezes algumas nem sequer chegam a descobrir o que realmente gostariam de fazer e passam a vida inteira infelizes. Outros, até descobrem, mas têm medo de arriscar e acabam sempre deixando para o ano seguinte, a década seguinte...
Passamos mais de oito horas (às vezes mais) empenhados em nossos empregos, acordando cedo, pegando engarrafamento, enfrentando chefes estressados, prazos, metas... mas tudo isso parece ter um sentido completamente diferente quando nossas tarefas nos trazem prazer. Tudo fica muito mais fácil.
Hoje em dia, eu posso dizer que sou uma pessoa afortunada. Acordo todos os dias com o contentamento de que faço parte dos afortunados que não se incomodam com a chegada da segunda-feira, que não veem a hora passar e que sentem prazer em trabalhar a perder de vista.
Claro que trabalhar com criatividade é algo complexo, pois nem sempre estamos inspirados. Mais complicado ainda é encontrar a organização e a disciplina para trabalhar por conta própria. Desenhamos planejamentos o tempo inteiro, compramos agendas, planners e calendários, mas acabamos sempre nos boicotando. Apesar disso, até as falhas são divertidas, porque sabemos que, no final das contas, tudo irá compensar.
Então, quando perguntarem o que você quer ser quando crescer, a primeira resposta sempre deve ser: feliz. Escolha algo que te realize todos os dias. Não saia correndo por pressão da família para escolher uma carreira só pelo dinheiro. Claro que isso é bom e que todos nós queremos ser bem sucedidos, mas a satisfação nos torna muito mais ricos, sem dúvidas.