Uma dica para aqueles que gostam de filmes extremamente emotivos e com reviravoltas de cair o queixo. Não hesite por conta do tema, que tem a ver com alienígenas, se não é a sua praia. Este filme é muito mais do que isso.
A CHEGADA conta a história de Louise Banks, uma especialista em línguas que é chamada às pressas pelo exército para tentar algum tipo de comunicação com criaturas alienígenas. Para isso, ela precisa trabalhar com Ian Donnelly, um físico igualmente competente, na intenção de descobrir o que essas criaturas pretendem, se trata-se de uma ameaça ou não.
A partir daí, eu não posso falar muito mais coisas, porque tudo neste filme pode se tornar um spoiler.
A forma como a história é contada é mais lenta, embora haja tensão o tempo inteiro. O filme nos deixa ir desvendando junto com Louise cada etapa do processo, cada mensagem repassada pelos alienígenas. Há cenas de tirarem o fôlego, sem contar a reviravolta final, que me deixou não apenas extremamente surpresa como emocionada.
Eu, particularmente, sou bastante fã de Amy Adams, mas desta vez ela se superou, entregando uma personagem melancólica. Sofremos junto com ela a cada descoberta, a cada percalço encontrado. Também gosto bastante do Jeremy Renner, que interpreta o físico Ian, mas confesso que neste filme ele foi um pouco apagado pela interpretação perfeita de Adams.
A fotografia do filme tem exatamente o tom necessário para a imersão na história. Ela é meio acinzentada, e em alguns momentos ganha um ar de sonho, que faz todo sentido para a trama.
Para quem curte filmes como Contato e Interestelar, este aqui é um prato cheio. Mas se você apenas prefere um drama, também pode ir sem medo, porque não vai se arrepender.