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Qualis - Comunicação

Transsexualidade

No mês de Abril, a Qualis trouxe para seu catálogo o lindo e necessário romance de Thati Machado, Singular.


Como protagonista da obra, temos Noah, um rapaz transgênero, portanto, o POR DENTRO DO LIVRO, trará como assunto de hoje este tema tão importante a ser debatido.

Imagine nascer em um corpo no qual você simplesmente parece não caber? Em um que te incomoda, te faz sentir desconfortável... Acordar todos os dias e olhar-se no espelho torna-se uma tortura...

Imagine odiar seus próprios seios, seu pênis, a barba que cresce em seu rosto, ou o fato de menstruar? Imagine sentir-se preso...


É assim que homens e mulheres cuja identidade de gênero difere daquela com a qual nasceram sentem-se todos os dias.


Para muitas pessoas este "desconforto" é tão intenso que se transforma em uma dificuldade de socialização, problemas profissionais, ansiedade, depressão e, em muitos casos, chegando a levar ao suicídio.


Muito hoje em dia é falado sobre o assunto, mas várias pessoas ainda possuem informações erradas. Uma delas é a impressão de que o transexual é o indivíduo que fez uma cirurgia de reatribuição sexual, o que não é verdade. Qualquer pessoa que se identifique como sendo do sexo oposto já pode ser considerada como transgênero. Outro erro gravíssimo que é cometido é o fato de associarem a transsexualidade a uma doença mental, chegando a ser comparada com a esquizofrenia.


Mais um erro que é comumente associado aos transgêneros é acreditar que isso irá influenciar também na orientação sexual. Uma mulher transgênero (ou seja, um homem que nasceu no sexo masculino, mas que se identifica como alguém do sexo feminino) pode se sentir atraída por mulheres apenas, então, ela se considerará homossexual, por exemplo.


Outro equívoco para a nossa listinha é a associação feita dos transsexuais com travestis, drag queens ou crossdressing (que é o ato de vestir-se com roupas do sexo oposto). A famosa Pabllo Vittar, por exemplo, considera-se uma drag queen. Ela já alegou não ter intenções de transicionar, porque prefere transitar tanto como homem quanto como mulher.


Alguns países como Austrália, Nova Zelândia e a Alemanha, já adotaram a prática de usar o termo "sexo indefinido" àquelas crianças que se encontram em uma situação de intersexo, ou seja, em casos onde o sexo não é bem definido na hora do nascimento. Neste caso, uma série de estudos cromossômicos, genéticos, hormonais e anatômicos é necessária.


Independente de todas as explicações dadas neste post, o mais importante de tudo é o RESPEITO. Não importa se você concorda ou não; se você compreende, se você ainda não tem conhecimento suficiente para ter uma opinião definida. Não julgar, ter empatia e simplesmente deixar que cada um seja feliz da forma como escolher é sempre a melhor escolha.


E, claro, se quiser conhecer mais sobre o assunto, Singular já está por aí para te ajudar!

 

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